quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tecnologia

Pipas não mais são alçadas.
Inexistem crianças nas calçadas.
Não vejo pernas raladas,
Apenas pontas de dedos calejadas.

Uma juventude robotizada,
“Gigabytes” de memória aguçada,
Praticamente não esquecem nada,
Quando esquecem, no computador dão uma olhada.

Adolescentes em busca de namoradas,
Salas de bate-papo on-line lotadas.
E a nossa criatividade sempre apontada.
Pela tecnologia é totalmente ofuscada.

E com isso a imaginação é congelada,
Parada, obstruída... Assassinada.
Para a diversão, basta uma busca caprichada...
Na internet, a qualquer clique damos uma gargalhada.

Poesias no computador são digitadas,
Não existem mais rascunhos com palavras riscadas.
Não acredito... Vendi-me a tecnologia apresentada,
Acho que a simplicidade de cadernos de poesia foi trocada...

(
Rodolpho Silva de Paula)

4 comentários:

  1. A união de dois universos neste poema... Uma realidade cada vez mais natural, embora haja gritos de saudade ou revolta de alguns escritores remanescentes...
    Obrigada, Francisco, adorei.

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  2. quem postou issoooo? foi Professor Francisco? :O
    uaal...

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  3. Eixe, que profundo! Só podia ser Chiquinho mesmo! rs. :)

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